Conversas inéditas com surrealistas portugueses
Autores: EDUARDA FEIO; MARIA AURÉLIA MARCELINO
PREFÁCIO E NOTAS BIOBIBLIOGRÁFICAS António Cândido Franco
POSFÁCIO Eduarda Feio
Idioma: Português
Capa mole
Passados mais de quarenta anos, ainda encontramos nestas entrevistas revelações importantes que nunca vieram a lume publicamente. Os manifestos que presidiram à formação do grupo mantêm-se vivos, nas vozes dos entrevistados, e são contributos para o entendimento de uma época.
Em 1978, duas alunas da Escola Superior de Belas-Artes entrevistavam com desenvoltura, de gravador na mão e caneta em riste, Mário-Henrique Leiria, na sua «Casa de Usher» em Carcavelos (uma das poucas entrevistas dadas pelo autor), Henrique Risques Pereira, no Grémio Literário de Lisboa, e Cruzeiro Seixas, num banco de jardim. Procuraram em vão e caricatamente por Fernando Alves dos Santos na lista telefónica e chegaram a Pedro Oom por via mediúnica. Mário Cesariny, o «papa do surrealismo português», recusou-lhes a entrevista. Até hoje inéditas, as presentes conversas, ao brotar do discurso, são um testemunho vivo e espontâneo, sem meias-medidas nem papas na língua, sobre o percurso de vários surrealistas e sobre «a máquina de lavar o cérebro» que foi o surrealismo em Portugal.