Autor: Maria Irene Ramalho
Idioma: Português
Capa mole
Inspirando-se em Walter Benjamin («As ideias estão para as coisas como as constelações para as estrelas») e António Ramos Rosa («O mundo não é o mundo sem a cintilante caligrafia das constelações»), Maria Irene Ramalho propõe uma inovadora interpretação de Fernando Pessoa e da poesia lírica, assente no conceito de «constelação»: «constelações de poetas/constelações de poemas».
Poetas ou poemas que não precisam de estar em contacto, ou em conjunção, para serem lidos como parte de uma mesma constelação.
Pela criação dos «poemas inconjunctos» do heterónimo Alberto Caeiro, Pessoa sublinha a traço mais grosso ainda a sua radical desmistificação dos conceitos de autor e de influência poética, entrando em diálogo com poetas que nunca leu, e a literatura comparada atinge uma nova dimensão.
É desta cintilante caligrafia feita de comparações imprevistas que trata Fernando Pessoa e Outros Fingidores.