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Autor: Anton Tchékhov

Tradução de António Pescada

Idioma: Português

Capa mole

Na Estrada Real
O Canto do Cisne
O Urso
O Pedido de Casamento
O Trágico à força
A Boda
O Aniversário do Banco
Os Malefícios do Tabaco

SOBRE O AUTOR:
«O avô de Anton Pávlovitch Tchékhov era servo — resgatou-se a si mesmo e à família por 3500 rublos. O pai era um pequeno comerciante. Na década de 1870 arruinou-se, pelo que toda a família se mudou para Moscovo; Anton Tchékhov ficou sozinho em Taganrog (Sudeste da Rússia) a fim de terminar o curso dos liceus. Viu-se obrigado a ganhar a vida. Terminado o curso, em 1879, mudou-se também para Moscovo e entrou na universidade. Tchékhov começou a escrever os seus primeiros contos para ajudar a família, já que não havia outro modo de esta sair de uma pobreza humilhante. Estudou Medicina e, ao acabar o curso na Universidade de Moscovo, tornou-se assistente do médico distrital de uma pequena cidade de província. Foi ali que começou a coleccionar um tesouro de subtis observações ao tratar os camponeses, ao conviver com oficiais do exército (na cidadezinha estava aboletado um regimento — em Três Irmãs há retratos destes militares) e com um sem-número de representantes da província russa, cujas imagens veio a reproduzir mais tarde nos seus contos breves. Mas neste período escreveu sobretudo miniaturas humorísticas que assinava com diferentes pseudónimos, reservando a sua assinatura verdadeira para os artigos médicos. (…) As duas primeiras colectâneas de contos de Tchékhov — Contos Matizados e No Crepúsculo — foram editadas em 1886 e 1887 e mereceram de imediato o reconhecimento dos leitores. A partir daí passou a ser considerado um dos mais importantes escritores russos, tendo a possibilidade de publicar as suas obras nas melhores revistas literárias, de abandonar a prática clínica e se dedicar a tempo inteiro à literatura. Depressa comprou uma pequena casa perto de Moscovo, onde se instalou com toda a família. Os anos que passou nessa casa foram os mais felizes da sua vida. Aí gozou plenamente da sua independência, do conforto que conseguiu criar para os velhos pais, do ar puro, do trabalho no pomar, das visitas dos muitos amigos. A casa dos Tchékhov enchia-se da alegria e da felicidade que constituíam o traço principal da vida da família. (…)
Foi em 1904 que Tchékhov, muito enfraquecido, foi à estreia de O Cerejal. Os espectadores não esperavam vê-lo, e o seu aparecimento provocou aplausos estrondosos. A elite intelectual moscovita homenageava-o. Faziam-se discursos intermináveis. Era tão evidente o seu estado de fraqueza que se levantaram vozes na sala: “Sente-se, sente-se… Que Anton Pávlovitch se sente.”
Passado pouco tempo viajou pela última vez em busca da cura — desta vez para Badenweiler, na Floresta Negra alemã. Quando entrou na Alemanha restavam-lhe três semanas de vida. Em 2 de Julho de 1904, morreu longe da família e dos amigos, entre pessoas alheias, numa cidade alheia.»
[Extraído de Vladimir Nabokov, Lectures on Russian Literature, «Anton Chekhov (1860-1904)»]